Na manhã de ontem, um caminhão da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) esteve em Tupã para recolher os pneus que estavam armazenados no ecoponto mantido pela Prefeitura em um galpão localizado na rua Aimorés. Ao todo, foram recolhidos 17480 quilos do material.
Desde que iniciou a parceria com a Anip, em 2003, o município já tirou de circulação mais de 1 milhão de quilos do produto, marca que é considerada expressiva pelos especialistas da área. Este material é recolhido de quintais e terrenos baldios e armazenado adequadamente até ser recolhido e encaminhado para a indústria de cimento, que utiliza os pneus como combustível para fornos de alta temperatura.
O material, que é descartado por estabelecimentos comerciais como lojas de auto-peças e borracharias e também pela população, é retirado de circulação pela equipe da Vigilância em Saúde para evitar que seja transformado em criadouro do mosquito da dengue. “É de conhecimento público que os pneus velhos acumulam água da chuva e são um dos principais locais de desova do mosquito Aedes aegypti”, destacou o diretor Marco Antônio de Barros.
Segundo ele, a população vem colaborando com os trabalhos que são realizados sistematicamente pela Prefeitura, e isso tem sido um dos principais fatores na drástica redução no número de casos contabilizado na cidade este ano. “Os moradores compreenderam a gravidade da situação e se transformaram nos principais parceiros do Poder Público nesta questão. Sem a participação efetiva da população, o quadro seria bem pior”, avalia ele.
Barros lembrou ainda que durante o verão não houve de nenhum caso autóctone da doença, fato que não era registrado nos últimos quatro anos. “Foram diagnosticados quatro casos importados, mas não houve transmissão dentro do município”, destacou, lembrando que as pessoas que apresentaram a doença foram contaminadas em localidades muito distantes, nos estados de Mato Grosso e Bahia.
No ano passado, um total de 168 casos foi contabilizado em Tupã, número que representa uma queda drástica diante dos 1342 registrados em 2010. “Avaliando os quadros comparativos, descobrimos que a quantidade de pessoas que contraíram a doença vem sendo reduzido consideravelmente e isso pode ser atribuído a dois fatores: a ação da Secretaria de Saúde e principalmente, a colaboração dos moradores”, concluiu ele.
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