"Aos meninos e meninas da Casa do Garoto de Tupã:
Treinar, treinar e treinar, e quando estiverem bem cansados...treinar mais um pouquinho...
Abraços, Oscar"
Considerado um dos maiores jojadores de basquetebol de todos os tempos, Oscar Schmidt escreveu, através do ex-jogador de basquete Alexandre Scombatti, para os atletas da Casa do Garoto, que atualmente conta com mais de 100 adolescentes praticando a modalidade.
Com 2,05 m de altura, Oscar Schmidt é o recordista mundial de pontuação do basquetebol com 49.703 pontos. É considerado um dos maiores jogadores de basquetebol de todos os tempos, dos que não atuaram na NBA. É o irmão do jornalista da Rede Globo Tadeu Schmidt
Este recorde é extra-oficial, pois não havia súmulas de todos os jogos de Oscar no Brasil. Seu rendimento em equipes como Sírio e Palmeiras foram calculados através de estudos do jogador com o seu biógrafo, o jornalista e escritor Odir Cunha, autor do livro "Oscar Schmidt, a história do maior ídolo do basquete brasileiro" (Editora Best Seller, São Paulo, 1996).
Seu número da sorte é o 14, tanto que o usou em 1978, porém em 1990 na FIBA usou o número 6.
Seu primeiro treinador foi Laurindo Miura, que desenvolveu um trabalho especial de coordenação para ele. Esse trabalho serviu de base para seus arremessos.
Quando jovem, foi treinado pelo lendário Francisco Lopes de Albuquerque, a quem atribuiu o mérito do treinamento para seus precisos arremessos [carece de fontes?].
Em 1984 Oscar foi convidado para jogar no New Jersey Nets, mas ele não aceitou porque queria continuar jogando no Brasil
A conquista do Pan de 1987, em Indianápolis
Oscar Schmidt liderou um dos maiores feitos da história do basquete brasileiro. A data de 23 de agosto de 1987 foi o dia histórico em que a equipe masculina de basquete do Brasil venceu o poderoso time americano, os favoritos e donos da casa, por 120 a 115, na final dos 10º Jogos Pan-americanos de Indianápolis.
Foi uma virada espetacular e a primeira e única vez, até então, que os Estados Unidos perderam em casa.
O palco era o Market Square Arena, Indianápolis. De um lado a equipe brasileira; do outro, os norte-americanos. Os Estados Unidos já tinham toda a festa preparada para seu time. No elenco destacavam-se jogadores que mais tarde se tornaram grandes astros da NBA, como David Robinson, Rex Chapman, Dan Majerle e Danny Manning. A seleção do Tio Sam já atropelara Porto Rico nas semifinais, impondo uma vantagem final de cinco pontos. Para os brasileiros, a classificação havia sido contra o México com um placar de 137 a 116.
A seleção brasileira não assustava muito o técnico Denny Crum. A única tática necessária para garantir o ouro, segundo ele, era uma defesa forte em cima de Oscar e Marcel que, segundo o técnico, tinham uma precisão muito grande nos arremessos.
No fim do primeiro tempo, o Brasil perdia por 20 pontos. A equipe formada por Gérson, Oscar, Israel, Marcel e Guerrinha (que substituía o armador Maury, vítima de contusão) voltou com muita determinação e com um ataque extremamente preciso, sobretudo nas bolas de três pontos que foram a chave para a virada do Brasil. Os "reis do basquete" não conseguiam entender o que estava acontecendo, nem mesmo sua fiel torcida, que se calava a cada cesta de Oscar e Marcel. Final de jogo: a cena do banco norte-americano cabisbaixo era contrastante com a euforia de Oscar, deitado no chão, gritando e chorando. Essa era a maior conquista do esporte nacional, desde a Copa do Mundo de 70.
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Oscar Schmidt envia mensagem incentivando atletas da Casa do Garoto de Tupã